quarta-feira, 20 de julho de 2011

SEGUNDO CAPÍTULO - MADALENA, MADALENA!



“Madalena, Madalena. Você é meu bem querer, eu vou falar pra todo mundo, vou falar pra todo mundo que eu só quero é você.”


Era sempre dia, mesmo quando era noite, era dia claro de céu azul, era dia belo de sol quando surgia Madalena. Mulher forte, havia criado três filhos, o mais velho era Marcos, a do meio Júlia, e o caçula, o caçula era Miguel. Aquele menino “temporão”, não é que fosse o mais querido, era que era o menor, aquele que tinha a super proteção de todos, inclusive de Madalena.
Quando se casou com Matias era só uma garota que se deslumbrou por aqueles belos olhos, por aquele ar imponente daquele homem que embora fosse um tanto sério era encantador. Encantadora também era ela, com aqueles olhos cor de noite, assim, como os de Miguel.
Quando o dia nascia já havia acordado Madalena, era assim todos os dias. Era professora, gostava de ler, mantinha bons hábitos, mas naquela época, mulher de militar era mesmo dona de casa, dona de casa e mãe. Era a melhor mãe do mundo, batalhadora, forte, o que não te lhe tirava o encanto. Aos quase cinquenta, era uma linda mulher, o que enchia os olhos de Matias. Era bela aquela mulher, era dele aquela mulher.
Muitas vezes Miguel gastava muito do seu tempo observando aquela que pra ele era a mais bela das mulheres, ficava em volta, só olhando, aqueles olhinhos brilhavam ao observar aquela que era o amor de sua vida. Já um pouquinho mais velho pensava: - Vou ter uma mulher, assim como a de meu pai, me casarei com uma Madalena, encantadora, bela e dedicada.
Miguel acordava cedo e enquanto seus irmãos bem mais velhos se preparavam para ir para o trabalho ele se aprontava pra escola. Roupa limpinha, engomada, gravata com o nó bem dado, era Madalena que o aprontava. Colocava o lanche na lancheira, ela o fazia, e como fazia bem. Cozinhava divinamente, tinha mãos de anjo. Era um anjo.
Contava Matias que quando conheceu Madalena foi amor a primeira vista, estavam eles em uma baile, daqueles que só aconteciam antigamente, os rapazes olhavam as moças de longe, e até pegar na mão iam-se meses.
Foi assim também com Matias, Matias que sonhou com Madalena durante um longo tempo sem ao menos tocar. Era amor diferente, não tinha toque, era um amor de almas.
José, pai de Madalena era homem tradicional, só deixava que um homem tocasse as mãos de sua filha depois de ir fazer um pedido a ele, gastava de Matias, mas nem por isso foi mais fácil convencer o tal José.
Tinha oito irmãos, era a única mulher. Desde cedo encantava por onde passava. Aqueles cabelos lisos e negros, aqueles olhos rasos e verdadeiros, rasos como um lago onde se pode enxergar o fundo. Tinha luz, era a própria luz.
Quando os pais de Miguel se casaram, a casa era pequena, eram só os dois, mas logo veio Marcos, e as condições não eram das melhores, não eram ricos, não passavam nem perto disso. Matias se negava a deixar a mulher trabalhar fora, mas ela dava um jeito, lavava, passava e cozinhava para outras pessoas. Era mulher de fibra.
Quando veio Miguel as condições já eram melhores, não era esperado, afinal de contas Matias e Madalena já tinham uma certa idade. Foi como um presente dos céus que se encantavam com tanta doçura naquela Madalena.
Quando chegava a noite, naqueles dias de bom humor de Matias, chegava ele com aquele brilho radiante naqueles belos olhos verdes e cantava, com grande entusiasmo e Paixão: - “Madalena, Madalena. Você é meu bem querer, eu vou falar pra todo mundo, vou falar pra todo mundo que eu só quero é você.”

Um comentário:

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